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“Não é só sobre comida”: Como a Psicologia Explica a Relação Entre Emoções e Obesidade

  • Foto do escritor: Dayanna Santos
    Dayanna Santos
  • 4 de jul.
  • 2 min de leitura

Quando falamos em obesidade, é comum que o foco fique apenas na alimentação ou na prática de exercícios físicos. Mas, e se eu te dissesse que o caminho para lidar com o peso corporal vai muito além do que está no prato?


A obesidade é uma condição complexa, que envolve não só fatores biológicos e genéticos, mas também emocionais, comportamentais e sociais. Por isso, o tratamento precisa ser multidisciplinar — e é aqui que a psicologia tem um papel fundamental.

Homem medindo cintura

Muitas pessoas que lutam contra a balança enfrentam dificuldades em lidar com sentimentos como ansiedade, tristeza, raiva e culpa. Em alguns casos, a comida deixa de ser apenas fonte de nutrição e passa a ser uma forma de alívio emocional. Comer, nesse contexto, não é uma questão de fome física, mas uma tentativa de regular emoções difíceis.


É como se o alimento virasse uma válvula de escape — comer para acalmar, para não pensar, para preencher um vazio. E embora o alívio venha rápido, ele dura pouco. Depois, geralmente, surgem sentimentos de culpa, vergonha e frustração, que alimentam ainda mais o ciclo de sofrimento.


Além disso, crenças rígidas como “preciso limpar o prato”, “não tenho força de vontade”, ou “já que comi um pedaço, agora vou comer tudo” reforçam padrões que dificultam mudanças sustentáveis. A baixa autoestima, a sensação de fracasso e o medo de julgamento são experiências comuns entre pessoas com obesidade.

mulher comento pizza

Neste cenário, a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) tem se mostrado uma importante aliada. Ela ajuda o paciente a identificar pensamentos sabotadores, desenvolver estratégias de enfrentamento mais saudáveis e promover mudanças reais e duradouras no comportamento alimentar e na forma como a pessoa se relaciona consigo mesma.


Na TCC, o foco não está apenas no emagrecimento, mas também na manutenção do peso a longo prazo e, principalmente, na melhora da qualidade de vida. O trabalho terapêutico envolve desde psicoeducação sobre alimentação emocional até o desenvolvimento de habilidades como tolerância à frustração, autorregulação emocional e autocuidado.


Mais do que uma jornada para perder peso, o tratamento psicológico da obesidade é um processo de reconexão com o próprio corpo, com os sentimentos e com o valor que cada pessoa tem — independentemente do número na balança.


Se você se identificou com essas questões, saiba que não está sozinho(a). O acolhimento psicológico pode fazer toda a diferença no caminho para uma vida mais saudável e equilibrada.


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